IA no WordPress: do hype à prática no SEO em 2025
Quando comecei na área de tecnologia, em 2009, fazer SEO era quase um trabalho artesanal: pesquisar palavras-chave, ajustar meta tags e ficar testando manualmente para entender como o Google reagia. O WordPress já ajudava muito, mas o processo era lento e exigia atenção a cada detalhe.
Hoje, com mais de oito anos dedicados ao desenvolvimento e otimização em WordPress, vejo uma mudança que talvez seja a maior da minha carreira: a inteligência artificial deixou de ser novidade e passou a ser parte essencial da estratégia de SEO.
Em 2025, não existe mais uma separação clara entre IA e SEO. As duas caminham juntas, analisando o comportamento do usuário, prevendo resultados e ajudando a ajustar um site de forma muito mais rápida e assertiva. E é justamente no WordPress que essa evolução ganhou força, porque a plataforma abraçou a integração com ferramentas inteligentes.
Algumas dessas tecnologias se consolidaram e hoje fazem parte da rotina. É o caso dos plugins de SEO, como o Yoast e o Rank Math, que agora vão além de um simples checklist e oferecem sugestões contextualizadas para cada conteúdo. Também temos ferramentas de personalização da experiência do usuário, como o Optimizely e o Adobe Target, que adaptam cores, layouts e até ofertas com base em como cada visitante interage com o site. Na parte de desempenho, serviços como o Imagify e o ShortPixel usam IA para reduzir o tamanho de imagens sem perda de qualidade, ajudando a manter um bom resultado nos Core Web Vitals. Até a busca evoluiu: a semântica e a pesquisa por voz mudaram a forma de pensar o conteúdo, priorizando intenção em vez de apenas repetição de palavras-chave.
Por outro lado, nem tudo que parecia promissor sobreviveu. A ideia de gerar meta tags totalmente automáticas, sem revisão humana, se mostrou ineficaz ,muitas vezes resultando em títulos genéricos que derrubavam o CTR. O mesmo aconteceu com a onda de sites inteiros produzidos por IA entre 2022 e 2023: o Google rapidamente passou a penalizar conteúdo que não apresentava qualidade real. Até o AMP, que por um tempo foi tratado como obrigatório para mobile, perdeu força quando o algoritmo passou a dar mais importância ao desempenho geral medido pelos Core Web Vitals. E, claro, não posso deixar de citar aqueles plugins “milagrosos” de SEO, que prometiam colocar qualquer site na primeira página do Google sem esforço. Muitos, além de não cumprirem o que prometiam, ainda prejudicavam a performance do site.
O que essa experiência me mostrou é que a IA deve ser usada como aliada, nunca como substituta. Vale usar ferramentas inteligentes para gerar rascunhos de conteúdo, mas sempre com uma boa revisão humana para manter autenticidade e credibilidade. Também é fundamental acompanhar métricas como LCP, FID e CLS antes de fazer ajustes, garantindo que as mudanças realmente tragam impacto positivo. E, quando for personalizar a experiência do usuário, é preciso encontrar equilíbrio para não confundir ou afastar o visitante.
No fim, SEO em 2025 é sobre oferecer experiência, autoridade e velocidade. A IA ajuda a chegar lá mais rápido, mas é o conhecimento humano que transforma tecnologia em resultado. No WordPress, quem souber combinar essas duas forças vai se destacar — não por seguir a moda, mas por aplicar estratégia de forma consciente e inteligente.